Assembleia Geral da FENATTEL discute a atual conjuntura brasileira e a ação sindical

A assembleia Geral da FENATTEL teve início na manhã de 8 de outubro em Atibaia. Para compor a mesa de abertura foram convidados: o presidente da Federação, Almir Munhoz, o presidente da CONTCOP, Gilberto Dourado, o secretário geral da Federação, Luis Antonio, a diretora executiva, Iara Martins, o representante do Centro de Memória Sindical, companheiro Cavalo, o presidente da UGT, Ricardo Patah, o Diretor da CUT Nacional, Marcelo Fiorio, o representante da CTB, Jorge Souza,  o representante do DIAP, André Luis, o assessor sindical, João Guilherme, e o representante da UNI, Alan Sable.

 

O presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT) falou sobre a tramitação do PL que regulamenta a profissão de teleoperador. “Temos que colocar a regulamentação da profissão como prioridade e lutar por isso perante os deputados. A categoria de vocês tem caminhos extraordinários a percorrer. É fundamental a unidade de todas as Centrais para obter mudanças trabalhistas efetivas em todo o Brasil”, afirmou Patah.

 

“É um momento complicado na politica nacional, mas não podemos perder aquilo que é essencial, que é a unidade”, afirmou Marcelo Fiorio, da CUT. Essa unidade se dá em cima do programa de consenso das Centrais, e na defesa da Democracia e do Estado de Direito, contra as tentativas de golpe em andamento.

 

Para o representante da UNI (Sindicato Global), Alan Sable, este evento é um modelo para outros países. “É algo impressionante, um exemplo para o mundo a união de várias Centrais, vários sindicatos do setor, reunidos para negociar melhorias aos teleoperadores”.

 

Palestras

 

A seguir, André Luis, representando o DIAP, apresentou o quadro da atual conjuntura brasileira.

 

O Congresso Nacional atual tem uma ação conservadora, atrasada nos direitos humanos, pulverizada partidariamente, e em defesa dos empresários. Por outro lado, os trabalhadores, mulheres, negros e jovens, que são a maioria na sociedade, são sub representados no Congresso.

 

“A conjuntura para os trabalhadores não está fácil, a economia em desaceleração e os custos de produção estão mais altos aos empregadores. E eles utilizam isso para tirar os direitos trabalhistas e garantir as margens de lucro”, afirmou André Luis.

 

Segundo ele, os principais desafios e metas a serem alcançadas pelos sindicatos, são: unidade das Centrais e ação política, criação de um mecanismo para avançar nas conquistas; provocar o diálogo com o governo; e a atuação constante no Congresso Nacional.

 

“Em todos os momentos da história em que a classe trabalhadora se uniu, nós saímos vitoriosos”, concluiu.

 

A palavra foi passada ao assessor sindical, João Guilherme. Ele defendeu, de modo efetivo, que os trabalhadores podem obter muitas conquistas, basta agir.

 

“Tenho recomendado três atitudes para o movimento sindical: 1) Resistir: o dirigente sindical deve ter uma leitura de resistência. 2) Representar: o dirigente só é o que é porque representa algo maior do que ele, portanto, precisa saber negociar. 3.Unir: unir a classe trabalhadora”, definiu João Guilherme.